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"Mas cada homem não é apenas ele mesmo; é também um ponto único, singularíssimo, sempre importante e peculiar, no qual os fenômenos do mundo se cruzam daquela forma uma só vez e nunca mais". Hermann Hesse

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A arte de ser feliz - Cecília Meirelles


"Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia
ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando
com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma regra: era uma
espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para
as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos
magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes
encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que
pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Ás vezes, um
galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar,
cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de
cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem
diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a
olhar, para poder vê-las assim.
"

( Cecília Meireles)

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Reflexão do Dia

Existem alguns momentos na vida, que não sabemos o que fazer. E não temos a mínima ideia se estamos indo bem ou mal. O agravante nesses momentos é que a dor é intensa, e em um dado momento, uma voz dentro da pessoa lhe diz: "faça algo, dê o primeiro passo". Dentro de poucos segundos, somos sobressaltados com uma outra dor imensa, já com sinais de temor, dizendo: "não faça isto, é melhor ser prudente".
A dúvida é: será que essa prudência é verdadeira? tem horas que a negligência só predica um verbo: fugir.
Esses momentos são muito longos, ou pelo menos aparentam ser, e nos dão a impressão que a vida inteira é assim: um grande momento onde todas as sensações conseguem se fazer presentes.
A dor do medo consegue aprisionar a pessoa, a relação pessoa x mente é como a relação mestre x escravo. Só fica difícil reconhecer abertamente quem é o escravo da vez...
Junto com esse temor, há a dúvida de saber o que é amor, e quem é a pessoa amada. Felicidade... algo distante. A busca deve continuar? Não se sabe ao certo como isto se torna possível, talvez o temor dê uma trégua para a pessoa poder se levantar, mas será que depois ele arma uma nova armadilha?

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

...Sobre Da Vinci...


Giorgio Vasari
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De tempos em tempos, o Céu nos envia alguém que não é apenas humano, mas também divino, de modo que através de seu espírito e da superioridade de sua inteligência, possamos atingir o Céu.

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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Para Mi Ser

"Em meio a dor, sentir-te parece inacreditável...
Ao invés de escondido para não sofrer
Presente estás ao entardecer.

Oh aquele que desejo, que almejo
A ti conquistar sem medo, sem floreio
O que levar para te saudar? E assim te conquistar?
O que deixar e largar para contigo estar?

O mais real e sublime é sentir a ti neste mundo de formas e cheiros
jeitos e desjeitos, feitos e enfeitos
Tudo por amor a ti. Aqui..."

Marília Duarte